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Ode à Mãe Terra

Ode à Mãe Terra

Amo a Mãe Terra

Sinto-a a sofrer, a carregar um fardo

Triste por distribuir os venenos que nós, os Seres Humanos, criamos com os seus recursos e espalhamos por ela.

Admiro-te

Mesmo triste, és sempre generosa, a dar o teu melhor com o teu amor incondicional.

Tudo flui, átomos em movimento,

movimento rápido, movimento lento.

Tudo se mistura, parte da mesma mistura

Tudo ligado, num ritmo

Um corpo que respira

A tua Natureza

É tão linda

Colorida, cheirosa, quente e fria

É Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal

É electricidade e magnetismo

Aaaah, Natureza, bela e grandiosa

Estou aqui emboída em ti.

E sofro quando criam os animais de forma maldosa para abate, os teus filhos

E sofro quando deitam árvores abaixo e pulverizam com gases os espinafres, os teus filhos

E sofro quando transmutam em venenos coisas tuas,

Agrotóxicos, medicamentos, plástico

Minha Mãe Terra,

Amor da minha Vida

Sei que sabes que tens filhos que te amam e honram

Como eu

Embora afogada no petróleo, shampoo e plásticos

Mesmo assim, presto as minhas orações a ti

Pois quando oro para ti, estou a orar para mim e para os meus irmãos, humanos, animais, vegetais.

Mesmo assim, no meio do cimento, a percorrer alcatrão e a inalar chumbo no ar

O meu coração vibra de alegria por morar no teu regaço.

Até escolhi uma profissão que cuida do equilíbrio dos teus elementos

Terra Mãe, minha Mãe Linda.

Desculpa

Desculpa pelo lixo nas tuas águas, pelas feridas e inflamações no teu solo, pelo derretimento das tuas calotas polares, pelo desequilíbrio dos teus filhos humanos doentes, tristes e conformados.

No final, a Esperança.

A esperança vincada que estes teus filhos em desequilíbrio se irão curando, tornando-se saudáveis de hábitos, voltando a amar e honrar a sua Mãe e Irmãos e tudo volte ao que era antes da dualidade.

O Paraíso.

 

 

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