23 Mar Ode à Mãe Terra
Amo a Mãe Terra
Sinto-a a sofrer, a carregar um fardo
Triste por distribuir os venenos que nós, os Seres Humanos, criamos com os seus recursos e espalhamos por ela.
Admiro-te
Mesmo triste, és sempre generosa, a dar o teu melhor com o teu amor incondicional.
Tudo flui, átomos em movimento,
movimento rápido, movimento lento.
Tudo se mistura, parte da mesma mistura
Tudo ligado, num ritmo
Um corpo que respira
A tua Natureza
É tão linda
Colorida, cheirosa, quente e fria
É Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal
É electricidade e magnetismo
Aaaah, Natureza, bela e grandiosa
Estou aqui emboída em ti.
E sofro quando criam os animais de forma maldosa para abate, os teus filhos
E sofro quando deitam árvores abaixo e pulverizam com gases os espinafres, os teus filhos
E sofro quando transmutam em venenos coisas tuas,
Agrotóxicos, medicamentos, plástico
Minha Mãe Terra,
Amor da minha Vida
Sei que sabes que tens filhos que te amam e honram
Como eu
Embora afogada no petróleo, shampoo e plásticos
Mesmo assim, presto as minhas orações a ti
Pois quando oro para ti, estou a orar para mim e para os meus irmãos, humanos, animais, vegetais.
Mesmo assim, no meio do cimento, a percorrer alcatrão e a inalar chumbo no ar
O meu coração vibra de alegria por morar no teu regaço.
Até escolhi uma profissão que cuida do equilíbrio dos teus elementos
Terra Mãe, minha Mãe Linda.
Desculpa
Desculpa pelo lixo nas tuas águas, pelas feridas e inflamações no teu solo, pelo derretimento das tuas calotas polares, pelo desequilíbrio dos teus filhos humanos doentes, tristes e conformados.
No final, a Esperança.
A esperança vincada que estes teus filhos em desequilíbrio se irão curando, tornando-se saudáveis de hábitos, voltando a amar e honrar a sua Mãe e Irmãos e tudo volte ao que era antes da dualidade.
O Paraíso.
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